quarta-feira, 31 de outubro de 2012

[Curiosidade] Thanksgiving Day (Dia de Ação de Graças)


Você sabia que o primeiro dia de Ação de Graças aconteceu em 1621 entre colonos ingleses (peregrinos) e índios? O mais estranho (e interessante) é o fato dos índios terem sido convidados pelos próprios colonos. Isso faz com que seja quebrada a falsa visão que sempre existiu a rixa Índio X Homem branco.



O Thanksgiving Day (em português Dia de Ação de Graças), é um feriado celebrado nos Estados Unidos e no Canadá, comemorado na quarta quinta-feira de novembro. É considerado um dos mais importantes feriados do ano, observado como um dia de gratidão, geralmente a Deus, pelos bons acontecimentos ocorridos durante o ano. Neste dia, pessoas dão as graças com festas e orações.

Como foi citado anteriormente, aconteceu entre os colonos que tinham acabado de fundar a colônia Plymouth, no estado de Massachusetts, e integrantes da tribo Wampanoag. Dizem que num gesto de delicadeza, que os índios levaram comida aos ingleses mesmo não havendo evidência de que os participantes estivessem pensando naquilo como uma festa de agradecimentos.

Apesar da primeira festa  ter acontecido no século XVII, é provável que suas origens venham dos festivais de colheitas, que eram tradicionais em várias partes do mundo na Idade Antiga, como no leste europeu, antes de eles se estabelecerem na America do Norte, nas ilhas britânicas no dia 1º de agosto para agradecer pela boa safra. Agora, se a mesma não tivesse sido boa, o feriado era cancelado.

Outro precursor do Dia de Ação de Graças era o costume que os ingleses tinham de escolher datas especiais para agradecer às divindades.
Em 1789, por idéia do presidente George Whashington, essa data se tornou um feriado.



Foi desse jeito que surgiu o Dia de Ação de Graças!

OBS: Essas comemorações sérias assim não têm muito a ver com a forma como é festejada a Ação de Graças na terra do Tio Sam. Nos dias de hoje, é algo mais tranqüilo, comemorado entre família e amigos, em casa. Em relação às manifestações, publicas acontecem espetáculos e paradas. 

Balão de Caco o sapo, é exibido na Broadway, em Nova York, durante o Dia de Ação de Graças. (22/11/07)

[Curiosidade] Conheça o Tio Sam!





Tio Sam é a personificação nacional dos Estados Unidos da América e um dos símbolos nacionais mais famosos do mundo. O nome “Tio Sam” foi usado primeiramente durante a Guerra anglo-americana de 1812, mas só foi desenhado em 1852.

Geralmente representado como um senhor de fisionomia séria com cabelos brancos e barbicha, há fontes que vêem uma semelhança do rosto de Tio Sam com o do presidente Andrew Jackson:


outras com o do presidente Abraham Lincoln:


Ele sempre aparece vestido com as cores e elementos da bandeira norte-americana - por exemplo, uma cartola com listras vermelhas e brancas e estrelas brancas num fundo azul, e calças vermelhas e azuis listradas.

Origem:

Seu primeiro uso data da Guerra de 1812, e sua primeira ilustração data de 1852.

Com o passar do tempo o apelido tornou-se cada vez mais popular, até que a revista americana Punch o batizou como símbolo estadunidense. O folclore diz que o Tio Sam foi criado por soldados americanos no norte de Nova Iorque, que recebiam barris de carne com as iniciais U.S.A (de United States of America, que significa "Estados Unidos" em português) estampadas.



Os soldados teriam brincado, dizendo que as iniciais significariam Uncle SAm ("Tio Sam"), uma referência ao dono da companhia fornecedora da carne, Samuel Wilson, de Troy, estado de  Nova Iorque.


O Congresso Americano reconheceu Samuel Wilson como inspirador da figura do Tio Sam em 1961.
O Tio Sam é mencionado na literatura pela primeira vez em 1806, no livro alegórico The Adventures of Uncle Sam in Search After His Lost Honor, de autoria de Frederick Augustus Fidfaddy, e também faz referência a Samuel Wilson.

Em 1870, o cartunista Thomas Nast fez o desenho de Tio Sam baseado no rosto de Abraham Lincoln.

I Want You!


Cartaz mostrando o Tio Sam, na Primeira Guerra Mundial, ilustrado por James Flaggem 1917:



Em 1917, o artista James Flagg desenhou-o em um cartaz com o dedo em riste e com a frase "I Want You for U.S. Army" ("Eu Quero Você para o Exército dos EUA"), encomendado pelas Forças Armadas americanas, que recrutava soldados para a Primeira Guerra Mundial. Este poster foi inspirado pelo cartaz de Lord Kitchner, feito três anos antes do Tio Sam. Kitchener era o Secretário de Guerra da Grã-Bretanha quando estourou o conflito. Tio Sam foi um símbolo histórico do exemplo de poder dos E.U.A. Os E.U.A., para mostrar mais superioridade ainda, fez frases para incentivar as pessoas que iam pra guerra lutar por seu pais como: "United we stand" que significa "continuemos unidos" e "God bless America" que significa "Deus abençoe a America".

Até os dias atuais, Tio Sam vem sido lembrado como o simbolo nacional americano, sendo utilizado em diversas charges criticas, ao se referirem aos estados unidos.











[Reportagem] Celebrando o Dia da Independência dos EUA!

O dia 4 de julho tem sido reconhecido como o Dia da Independência nos Estados Unidos desde quando os fundadores do país assinaram a Declaração de Independência em 4 de julho de 1776. Para marcar a ocasião, os americanos comemoram com desfiles, fogos de artifício, concertos e outras atividades festivas.


Centenas de pessoas aparecem para ver a parada anual de quatro de julho que se realiza na rua principal de Capitan, Novo México. Lá, os espectadores admiram a passagem de uma carroça puxada por cavalos, simbolizando a história pioneira do Velho Oeste.

O tio muito feliz por estar numa carroça, dando tchauzinho e levantando as bandeirinhas.




A música sempre desempenhou um papel de destaque nas celebrações do Dia da Independência dos EUA. A cada ano, os membros da banda do Exército dos EUA tocam com a Orquestra Pops de Boston (Boston Pops Orchestra, em inglês) em um show de 4 de julho ao ar livre ao longo do rio Charles, em Boston. O show anual, visto por telespectadores, assim como frequentadores de concertos, inclui um espetáculo pirotécnico.





Durante uma corrida de saco, jovens alegres saltam até a linha de chegada, no Lago Contrary, em St. Joseph, no estado de Missouri. A corrida é apenas um dos eventos infantis na celebração anual "Quatro de julho no lago".

Crianças americanas praticando esportes, coisa rara de se ver.

Os fogos de artifício de 4 de julho são muito populares, mas algumas cidades americanas estão buscando alternativas. Por quê? Os fogos de artifício são caros e podem prejudicar o meio ambiente devido às toxinas presentes nos efeitos coloridos e na pólvora necessária para dispará-los.

Em 2011, a cidade de Amarillo, Texas, encontrou uma alternativa aos fogos: um show de laser musical.

Que deixou a festa com um climão de Rave.

Os visitantes praianos de 4 de julho se refrescam no Oceano Atlântico na entrada de Ocean City, no estado de Maryland. As praias dos EUA costumam atrair grandes multidões de turistas durante todo o fim de semana prolongado do Dia da Independência - e também durante o resto do verão.

Tipo Copacabana, só que não.
Os membros do batalhão de guarda Kentish Guards de East Greenwich, no estado de Rhode Island, apresentam-se durante o desfile do Dia da Independência em Bristol, Rhode Island. É o mais antigo desfile de 4 de julho no país, e esses tocadores de pífaro usam trajes típicos que remetem à época em que Rhode Island fazia parte de um dos 13 estados originais na era da Guerra Revolucionária.





Vestido como o mascote dos EUA conhecido como "Tio Sam", um homem acena para os espectadores durante a parada anual de 4 de julho em Alamogordo, Novo México. Uma figura folclórica que personifica os Estados Unidos, o "Tio Sam" é muitas vezes descrito como um homem idoso com cabelo branco e cavanhaque branco que usa uma cartola com estrelas e listras que lembra a bandeira dos EUA. A primeira ilustração dessa figura apareceu em 1852, mas a expressão "Tio Sam" remonta à guerra de 1812.


Para quem não associou a pessoa ao personagem:



O maestro da Orquestra Pops de Boston, Keith Lockhart, ao centro, ao lado do vocalista da Aerosmith, Steven Tyler, à esquerda, e do guitarrista Joe Perry durante ensaio para um show de 4 de julho em Boston. Música de todos os tipos - pop, rock, hip-hop, country, blues, folk e clássica - é tocada em shows ao ar livre em todo os Estados Unidos no Dia da Independência.

Hoje é dia de rock bebê! 
Amigos e parentes se reúnem para um almoço-piquenique na comemoração de 4 de julho em McClellanville, South Carolina. Como todas as refeições ao ar livre, os piqueniques no Dia da Independência são eventos relaxados e que normalmente incluem pratos populares de verão, como carne assada, salada de batata e espiga de milho.


Os fogos de artifício de 4 julho se refletem na parede de granito do Memorial dos Veteranos do Vietnã, um ponto de referência em Washington. No segundo plano está uma outra estrutura icônica, o Monumento a Washington.


Seria belo se não fosse trágico. 

Como observamos, existem muitas formas de se comemorar o dia da independência dos estados unidos, seja em família ou numa festa com os amigos, o que importa é celebrar a conquista nacional!





Processo de independência dos Estados Unidos.


Antes da sua independência, o país hoje chamado de Estados Unidos da América era divido em 13 colônias, tendo como metrópole a Inglaterra. Os ingleses usavam as colônias para ter lucros e recursos minerais e vegetais não encontrados no continente europeu. Existia também a exploração metropolitana, através de taxas e impostos que eram cobrados dos colonos.
A Independência dos Estados Unidos é considerada a primeira revolução americana (a segunda foi a Guerra de Secessão, também nos Estados Unidos). Ela foi um marco na crise do Antigo Regime porque rompeu a unidade do sistema colonial.
Só que para entender melhor o processo de independência, precisamos saber um pouco sobre o seu processo de colonização e suas características.
  •         Colonização:
Os ingleses começaram a colonizar a região no século XVII. A colônia recebeu dois tipos de colonização:

Colônias do Norte: Predominavam as pequenas e médias propriedades, tocadas por europeus exila­dos por motivos políticos ou religiosos, que chegavam com o objetivo de transformar a região num próspero lugar para a habitação de suas famílias. Também chamada de Nova Inglaterra, sofreu colonização de povoamento com as seguintes características : mão-de-obra livre, economia baseada no comércio e produção para o consumo do mercado interno. Além do clima frio igual ao da metrópole.

Colônias do Sul: Colônias que eram exploradas pela Inglaterra e tinham que seguir o Pacto Colonial. Eram baseadas no latifúndio, mãos-de-obra escravas, produção para a exportação para a metrópole e monocultura. O clima era quente, por isso era utilizado para o plantio.

Os nortistas ultrapassaram as fronteiras coloniais. Organizaram triângulos comerciais. O mais conhecido começava com o comércio de peixe, madeira, gado e produtos alimentícios com as Antilhas, onde compravam melaço, rum e açúcar. Em Nova York e Pensilvânia, transformavam o melaço em mais rum, que trocavam por escravos na África. Os escravos iam para as Antilhas ou colônias do sul. 



A negligência salutar foi uma política de "abandono" adotada pela Inglaterra quando as Treze Colônias queriam a independência. Já que as colônias não ofereciam nada à Inglaterra para atender seus interesses mercantilistas, com ouro e prata, e uma vez que ela passava por um período dramático de sua história política.

  •          Guerra dos Sete Anos:
Essa guerra aconteceu entre a Inglaterra e a França entre os anos de 1756 e 1763. Foi uma guerra pela posse de territórios na América do Norte, onde a Inglaterra saiu vencedora. Ainda assim, a metrópole resolveu cobrar os prejuízos das batalhas dos colonos que habitavam, principalmente, as colônias do norte. Com o aumento das taxas e impostos metropolitanos. A política repressiva dos ingleses, a criação de novas leis que tiravam a liberdade dos norte-americanos , aliada a fatores culturais, como a influência do iluminismo, teve papel importante no processo revolucionário americano.
As leis criadas, ficaram conhecidas como Leis intoleráveis, as quais podemos citar:

1.    Lei do Chá (deu o monopólio do comércio de chá para uma companhia comercial inglesa)

2.    Lei do Selo (Stamp Act) : Todo produto que circulava na colônia deveria ter um selo vendido pelos ingleses.

3.    Lei do Açúcar (Sugar Act) : Os colonos só podiam comprar açúcar vindo das Antilhas Inglesas. 

    Estas taxas e impostos geraram muita revolta nas colônias. Um dos acontecimentos de protesto mais conhecidos foi a Festa do Chá de Boston (The Boston Tea Party).


  •    A Festa do Chá de Boston:
     Revoltados pois não poderiam mais dar uma de rainha da Inglaterra e tomar seu chazinho das cinco, os colonos tiveram a brilhante idéia de organizar um protesto, mas não um protesto qualquer... O evento ficou conhecido como “The Boston Tea Party” (Festa do Chá de Boston), uma festa super divertida, em que você só poderia entrar se fosse fantasiado de Índio. Dessa forma, vários colonos invadiram, a noite, um navio inglês com  carregamento de chá e, vestidos de índios, jogaram todo carregamento no mar.


Esse foi o convite para a festa. Bonito, não?
 


Colonos comemorando loucamente a festa do chá.

       Este protesto gerou uma forte reação de insatisfação da metrópole, que exigiu dos habitantes os prejuízos (que não foi pequeno), além fechar do porto de Boston, colocou soldados ingleses cercando a cidade.

  •     Primeiro Congresso da Filadélfia:
      No ano de 1774, os colonos do norte resolveram promover um congresso para tomarem providências diante de tudo que estava acontecendo. Mas esse congresso não tinha não tinha a pretensão de ser separatista, já que eles queriam apenas retomar a situação anterior. Visando apenas o fim das medidas restritivas e maior participação na vida política da colônia.

       Mas o rei inglês George III, nada simpático, não aceitou de jeito nenhum as propostas do congresso, e como se não bastasse, mais medidas restritivas como, por exemplo a Lei do Aquartelamento, a qual obrigava todo colono norte-americano a fornecer casa, comida e roupa lavada para os soldados ingleses. 

  •     Segundo Congresso da Filadélfia:
     Em 4 de julho 1776 foi organizado outro congresso, mas dessa vez com um novo objetivo: Conquistar a independência. Lá, Thomas Jefferson redigiu a tão famosa Declaração de Independência dos Estados Unidos da América.

Declaração de independência feita pelo mano Thom.  

    A Inglaterra, como esperado, não aceitou, declarando guerra. Os Franceses (que estavam com raiva por terem sido derrotados na Guerra dos sete anos) e Espanhóis entraram a favor das Treze Colônias, fazendo com que vencessem A Guerra de Independência (1776 e 1783).

      A independência foi reconhecida pela Inglaterra em 1783, por meio do Tratado de Versalhes, e como dívida de guerra, cedeu o território dos Grandes Lagos aos limites do Mississipi (Vale do Ohio).

  •     Constituição:
     Em 1783, foi promulgada a Constituição norte-americana, adotando o regime republicano como sistema presidencialista, visando fortalecer o Poder Executivo, o voto censitário, baseado na propriedade privada, e o princípio de federalismo como forma de assegurar o direito de autonomia dos novos estados.

  •     Pós Independência:
        Com a aceitação da independência das 13 colônias, baseadas em idéias iluministas, e da declaração estar se referindo a vida e liberdade como direitos inalienáveis, existem contradições. Afinal de contas, como um documento nacional pode alegar igualdade entre os homens, quando ainda se vive num regime escravista? E assim seguiu a história dos Estados Unidos, que apesar de ser o pioneiro em muitas revoluções e mudanças ideológicas, deixou a desejar (ou deixa, até hoje) no que se diz respeito a igualdade e fraternidade, pelo menos com o resto do mundo.